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Arrependimento: Sinais de sua veracidade

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Muitas vezes, na atualidade, “canonizamos” a prática da petição de perdão incessante. Essa prática é essencial, sim, porém, não é a única que devemos sustentar. Por darmos muita importância a essa prática, esquecemos o que deve vir antes: O arrependimento.

Tenho plena certeza de que dificilmente alguém orou pedindo arrependimento. Se a petição de perdão é sincera, precisa-se de arrependimento. Se a petição for sem arrependimento, essa se torna uma simples reza mecânica, sem nenhum resultado intrínseco.

Essa exposição se baseará no Sl 38. Nessa situação, Davi está doente, e expõe que essa doença, como tudo o que ele estava passando, foi consequência do seu pecado.

v.1, 2: “Não me repreendas, Senhor, na Tua ira, nem me castigues no Teu furor. Cravam-se em mim as Tuas setas, e a Tua mão recai sobre mim”.

Quando há o arrependimento sincero, sentimos a necessidade de misericórdia, porque vemos que merecemos condenação justamente.
Desde aqui, é nítida e essencial a presença da dependência de Deus. Reconhecemos que necessitamos de misericórdia, e essa só pode ser proporcionada por Deus.
Vemos também que todo esse castigo, sofrimento, tristeza, opressão, tudo isso é o próprio Deus quem realiza. O próprio Deus é quem nos castiga pelo pecado, e esse conhecimento esmaga o coração do pecador em processo de arrependimento.

v. 3 – 5: “Não há parte sã na minha carne, por causa da Tua indignação; não há saúde nos meus ossos, por causa do meu pecado. Pois já se elevam acima de minha cabeça as minhas iniquidades; como fardos pesados, excedem as minhas forças. Tornam-se infectas e purulentas as minhas chagas, por causa da minha loucura”.

Além de vermos que merecemos condenação, sentimos cada vez mais a intensidade dessa condenação pesando nossa mente, e vemos que é a condenação que o pecado merece justamente.
Nós não conseguimos nos sentir em paz devido ao pecado pesando nossa mente. Sentimos que ofendemos o nosso Único Salvador.
Devido a essa consciência de que ofendemos o nosso Único Salvador, nos sentimos lixo, loucos, etc.

v. 6 – 8: “Sinto-me encurvado e sobremodo abatido, ando de luto o dia todo. Ardem-se os lombos, em não há parte sã na minha carne. Estou aflito e mui quebrantado; dou gemidos por efeito do desassossego do meu coração”.

Vemos que essa culpa massacrante está envolvendo não só nosso espiritual, mas também no mental e físico.
Essa culpa se reflete em ansiedade, pois não temos para onde fugir dela. Com essa ansiedade, tornamos explícito todo o sofrimento e aflição que sentimos.

v. 9 – 11: “Na Tua presença, Senhor, estão os meus desejos todos, e a minha ansiedade não Te é oculta. Bate-me excitado o coração, faltam-me as forças, e a luz dos meus olhos. Os meus amigos e companheiros afastam-se da minha praga, e os meus parentes ficam de longe”.

Atrás desse sofrimento todo, deve-se ter a consciência de que Deus sabe de toda a situação, de toda a aflição, de todo esse sentimento esmagador que sentimos.
Mesmo com esse reconhecimento da onisciência de Deus, confessamos nossas dores e nosso pecado a Ele, demonstrando, assim, dependência de Deus, como já explícito desde o começo do salmo.
Com todo o sofrimento, também deixamos tão explícito isso, que acabamos nos sentindo solitários, sem ninguém ao lado. Nós mesmos repelimos as pessoas a nossa volta, devido à esse sentimento de “auto-nojo”.

v. 17: “Pois estou prestes a tropeçar; a minha dor está sempre perante mim”.

Lembramo-nos constantemente também da constante pecaminosidade da raça humana. Vemos que, devido à pecaminosidade, estamos sempre prestes a pecar. Estamos sempre sujeitos a pecar, e por causa disso, nos sentimos oprimidos por essa culpa durante esse tal processo de arrependimento.

v. 18: “Confesso a minha iniquidade; suporto tristeza por causa do meu pecado”.

Confessamos o nosso pecado a Deus, reconhecendo que, se tiver que passar por algo, passaria porque mereceria.

v. 21, 22, 15: “Não me desampares, Senhor; Deus meu, não Te ausentes de mim. Apressa-Te em socorrer-me, Senhor, salvação minha. Pois em Ti, Senhor, espero; Tu me atenderás, Senhor, Deus meu”.

Vemos nessa passagem uma confissão de dependência total de Deus. Precisamos da misericórdia de Deus. Devemos esperar sempre que Deus, entregando todas as situações a Ele.
Deus é a nossa única salvação. Fora dEle, não há conforto e salvação para a culpa do pecado.
Por fim, o verdadeiro regenerado recebe a paz no coração, tendo a certeza de que Deus já perdoou os pecados dEle na cruz em Cristo.

SOLI DEO GLORIA

Diego Beltrame

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